A relação entre o consumo e as emoções

Por 20 de agosto de 2021 agosto 27th, 2021 Materiais

Este trabalho foi realizado com o intuito de exemplificar e demonstrar a relação existente entre o consumo e as emoções com a colaboração da psicóloga Daniela Westman. Os integrantes do grupo são Carolina Gomes Chermont, Débora Lyons, Fernanda de Azevedo Leite Zarur e Maria Clara Assumpção Corrêa Lage.

72,4% das pessoas afirmam que as emoções influenciam na hora de tomar decisões. Até onde tais emoções afetam o consumo?

Resumo:

O artigo científico desenvolvido trata da relação entre o consumo e as emoções. O projeto tem em vista expor o problema, compreender como o consumismo afeta os âmbitos econômicos e psicológicos, apresentar uma solução parcial, além de conscientizar o público leitor. Para chegarmos a tais conclusões, foram utilizados dados adquiridos através do Formulários Google, uma pesquisa online destinada a pessoas de diferentes idades. Ao longo do artigo, serão exibidos os resultados obtidos, e, após serem discutidos, serão abordadas possíveis hipóteses. Portanto, julgamos que o estudo realizado acerca dos pensamentos emocionais no momento da tomada de decisões financeiras manifesta uma problemática atual, cujo efeito se materializa em toda a sociedade.

Introdução:

O emocional é, sem dúvida, uma grande influência em todas as atividades cotidianas do ser humano, desde os primeiros sinais da evolução da espécie, de senciente para consciente. Ele pode até, certas vezes, se sobrepor ao lado racional do cérebro humano, ocasionando consequências majoritariamente negativas.

Essa falta de racionalidade ou, ao menos, a redução de seu uso pode ser o estopim para se tomar atitudes ou até adquirir hábitos consumistas.

A partir do momento em que se começa a consumir impulsivamente, atinge-se a marca de primeira etapa concluída para a formação do ciclo vicioso do consumo. Esse descontrole pode ser recrudescido ao ponto de tornar-se um transtorno, denominado oniomania.

Como se não bastasse, os consumidores compulsivos acabam por ver-se em ondas de prejuízo financeiro, familiar e até emocional, já que as emoções são automaticamente associadas às compras e aquisições, incumbindo às atitudes o papel de satisfazê-las ou fomentá-las.

A população global é muito estimulada, ininterruptamente, a consumir.

Esse processo advém, principalmente, das revoluções industriais, as quais originaram uma necessidade de aquisição de mercado consumidor pelas potências econômicas, que começaram a utilizar todos os meios de comunicação possíveis para dialogar com a população e incentivar o consumo desenfreado. E o fizeram, inclusive, com estratégias comunicacionais associando os atos de compra às emoções das pessoas, seja criando a ideia de que quem tem maior poder de consumo tem maior status social, seja relacionando a compra à noção de bem-estar familiar, seja ilusionando que os bens materiais podem preencher os vazios emocionais e afetivos.

Com a Revolução Tecnocientífica, a velocidade das informações aumentou significativamente, proporcionando às grandes empresas mecanismos mais eficazes de propaganda e persuasão.

Primeiramente, com a criação do rádio, depois, da televisão, e, posteriormente, com o surgimento da Internet. Ao longo de todas essas décadas, as estratégias de influência sobre o consumidor foram adaptando-se, ainda mais após as primeiras redes sociais serem criadas, momento em que as Big Techs responsáveis por administrá-las aliaram-se a essas táticas, como mostra o documentário “O Dilema das Redes” (Netflix, 2020).

Ao longo da realização do estudo da relação entre o consumo e as emoções, estabelecemos objetivos a respeito do tema.

A elaboração do artigo tem em vista expor o problema vigente, relacionando o mesmo com o descontrole emocional e o gerenciamento financeiro.

Através da pesquisa realizada pelo Formulários Google entre os dias 31/05 às 16:30 e 04/06 às 9:00, notou-se que, das pessoas entre 16 e 20 anos, 49% não buscam se informar a respeito de como lidar com o dinheiro, e 38% não têm planos a respeito do que farão com as finanças no futuro.

Como o consumismo é um problema que pode surgir em diferentes etapas da vida, mas que tem como uma de suas origens a má gestão financeira, o trabalho também tem como objetivo conscientizar as pessoas, e principalmente o público jovem, a respeito da boa administração das finanças.

Além disso, o estudo realizado busca compreender os pontos positivos e negativos da influência emocional no contexto do consumo, que se mostra cada vez mais presente entre as pessoas.

Do público que respondeu à pesquisa, 67% já realizou uma compra pois estava feliz, triste, ou se deixou afetar por um sentimento. Portanto, ao longo do trabalho, serão sugeridas formas de como lidar melhor com as próprias emoções, com dinheiro e como traçar metas e objetivos para que se baseie nessa conduta antes de realizar compras não essenciais.

Por fim, o artigo visa a inserção de um consumo consciente no cotidiano da população e o esclarecimento do consumismo através da compreensão a respeito do problema, de suas origens, impactos e possíveis soluções.

Diante de toda essa problemática e pensando em como ela afeta a sociedade cotidianamente, nosso grupo optou pelo tema, relacionando os aspectos econômico-financeiros com os psicológicos.

Temos ciência da importância da conscientização da população em relação à situação, (ainda mais com as novas estratégias de marketing recentes já mencionadas) e, pensando nisso, resolvemos propor essa discussão em nosso artigo, inclusive dialogando com um profissional da área da psicologia e criando um formulário de perguntas dentro do eixo temático, que foram respondidas por indivíduos de diversas faixas etárias.

Material e Métodos

Durante a elaboração do Artigo Nerd, foram utilizadas múltiplas fontes de estudo. Para chegarmos às nossas conclusões, pesquisamos sites voltados para psicologia, bem-estar financeiro, e poder do marketing.

Junto disso, realizamos ligações em grupo, nas quais estruturamos nossos posicionamentos e conhecimentos, além de planejarmos nossa pesquisa online.

Para a produção de nosso trabalho estudamos o artigo “Bases sociais das emoções do consumidor: uma abordagem complementar sobre emoções e consumo” que serviu como inspiração e base para nossas pesquisas. A ferramenta do Formulários Google foi de suma importância ao realizarmos a pesquisa acerca da relação entre o consumo e as emoções.

O questionário foi desenvolvido pelas integrantes do grupo e foi divulgado em grupos de WhatsApp, contando com respostas de pessoas de idades de 13 a mais de 45 anos. Tal metodologia foi escolhida, porque o mecanismo de análise de dados nos forneceu informações pertinentes sobre como o tema tratado afeta o público-alvo. Essa análise se deu em função de gráficos, quantitativos e porcentagens.

Além disso, entramos em contato com a profissional da área de psicologia Daniela Westman, que nos apresentou ao livro “Mentes Consumistas” de Ana Beatriz Barbosa Silva, que pode ser relacionado a algumas das soluções do tema do nosso trabalho, e dissertou sobre:

“Historicamente a razão e a emoção são tratadas como pilares opostos da personalidade humana. No século XXI constituiu-se um crescente interesse pelos aspectos referentes ao afeto e à emoção como parte integrante do processo de decisão do consumidor. O comportamento de comprar compulsivamente é muito recorrente nas sociedades capitalistas, sendo que grande parte da população apresenta esse distúrbio de comportamento.

A compra compulsiva pode ser definida como um comportamento crônico de comprar repetidas vezes como uma resposta a situações que envolvam sentimentos negativos. Chamado de Oniomania, o transtorno compulsivo por compras é caracterizado pelo descontrole do desejo de comprar os mais variados itens, causando diversos prejuízos financeiros e interferindo nos relacionamentos e na vida pessoal do indivíduo afetado pelo problema.

Os consumidores compulsivos compram por prazer e, diferentemente das pessoas que compram por necessidade, são afetados por uma série de emoções associadas às compras, tais como: ansiedade, euforia, prazer, gratificação, culpa, arrependimento e vergonha.

Quando são impedidos de comprar, podem sentir angústia, frustração e irritabilidade. Quem sofre de transtorno compulsivo por compras sente tanta satisfação no ato da compra que se torna incapaz de avaliar possíveis prejuízos financeiros e familiares. Vários estudos sobre emoção e o consumo apontam muitos motivos que levam uma pessoa a fazer uma compra: necessidade, desequilíbrio emocional, diversão, necessidade de ser aceito, baixa autoestima, insegurança, status ou a influência do comércio e da mídia.

Alguns aspectos da infância também podem interferir diretamente na forma como a pessoa consome, por exemplo. Pessoas que tiveram pais consumistas tendem a se tornar adultos consumistas ou com aversão a compras, uma vez que as crianças repetem ou repelem os exemplos próximos.

Quem teve pais ausentes e que compensam isso com bens materiais crescem com a ideia de que as compras são capazes de suprir o amor e o vazio emocional.

6 Pessoas que na infância e adolescência tiveram todas as necessidades atendidas prontamente também têm uma grande tendência ao consumismo, pois crescem sem limites e com dificuldade para lidar com as suas impossibilidades e frustrações.

Crianças que foram rejeitadas ou muito comparadas com outras durante a infância podem criar o hábito de comprar para se sentirem aceitas. As diversas emoções vividas no dia a dia são fatores que influenciam o excesso de consumo, uma vez que comprar algo tem a função de preencher um vazio que possa vir a existir, o mesmo suprir uma insatisfação ou amenizar uma decepção sofrida. Em síntese, a compulsão pelas compras serve para aliviar um sentimento de frustração, uma carência, a solidão e até mesmo a depressão. E o efeito pode ser devastador.”

Também levamos em conta citações e opiniões de figuras públicas que abordam o tema, como é o caso das citações sobre o tema do importante investidor Warren Buffet, que certa vez explanou: “Se você não pode controlar suas emoções, você não pode controlar seu dinheiro’’.

Esta frase serviu como estímulo para a criação de uma pesquisa, desenvolvida pelo grupo, já que ela demonstra que quando não se há um bom controle emocional e a separação de escolhas racionais das emocionais não ocorre, isso se reflete no controle de suas finanças.

Com a realização de nossa pesquisa, que teve como objetivo colocar em números os percentuais médios de como as pessoas de diferentes faixas etárias consomem e entender a relação disto com o consumo racional e emocional pode-se notar que:

13 A 15 ANOS: 5 respostas Consciente: 1 Emocional: 4 Juntam dinheiro: 3 Não juntam: 0 Juntam às vezes: 2

16 A 20 ANOS: 32 respostas Consciente: 2 Emocional: 30 Juntam dinheiro: 19 Não juntam: 4 Juntam às vezes : 9

21 A 30 anos: 0 respostas

31 A 45 ANOS: 8 consciente: 6 Emocional: 2 Juntam dinheiro: 4 Não junta: 1 Juntam às vezes :3 7

+45 ANOS: 14 Consciente: 8 Emocional: 6 Juntam dinheiro: 2 Não juntam dinheiro: 5 Juntam às vezes: 7

Observação: Os critérios utilizados para denominar as pessoas como consumidoras conscientes ou racionais foram baseadas nas respostas individuais de cada um Os dados coletados mostram que os grupos de pessoas que são mais propícias a tomar escolhas emocionais são de 13 a 15 anos e 16 a 20 anos.

Após assistirmos ao vídeo do médico Drauzio Varella, https://www.youtube.com/watch?v=_KgHbsgSWuk (acesso em: 10/06/2021 às 10:22), esse dado se confirmou, pois o médico disse que os jovens até 25 anos são mais propensos a adquirirem vício em substâncias químicas, por não refletirem muito acerca do tema e priorizarem o emocional. Assim como visto na pesquisa, os jovens tendem a ter o mesmo comportamento quando trata-se de consumo, já que esse pode se tornar um vício.

Um fator que acreditamos ter sido determinante para essa resposta presente na pesquisa é que pessoas mais experientes, que dependem e utilizam apenas suas finanças para atender as necessidades básicas, tendem a fazer escolhas mais racionais e refletir a respeito de determinada compra.

Julgamos que pessoas mais jovens, como adolescentes por exemplo, que não necessariamente dependem apenas de suas finanças, tendem a tomar decisões e realizar compras sem um maior planejamento financeiro e responsabilidade, porém com a realização da pesquisa é importante ressaltar que a 8 influência das emoções na hora de consumir se mostra presente em todos os grupos que responderam ao formulário.

Por fim, também foi de grande importância a orientação da nossa professora de sociologia, que nos auxiliou ao longo do trabalho, nos apresentando filmes, matérias e livros. Sendo assim, acreditamos que uma pesquisa acompanhada do máximo de fontes possíveis é um dos pilares para a construção de um projeto rico em evidências.

Resultados e Discussão

A pesquisa realizada através do Formulários Google entre os dias 31/05 às 16:30 e 04/06 às 9:00 obteve resultados e sua análise é fundamental para a compreensão da relação entre o consumo e as emoções.

Primeiramente, um dado a ser destacado é que 78% das pessoas entre 16 e 20 anos já realizaram uma compra pois se sentiram influenciadas por um sentimento.

Isso ressalta a suscetibilidade dos jovens ao consumismo, motivados pela emoção. Isso porque, assim como funciona com o vício em substâncias químicas mencionado anteriormente, os jovens tendem a priorizar o emocional em detrimento do racional. Assim, o indivíduo não pensa de forma clara a respeito de seu dinheiro e da necessidade da compra e, consequentemente, realiza uma compra excessiva.

Com o tempo, o mesmo tende a se tornar adepto ao consumismo, considerando que essa prática negativa presente em sua vida originou-se na idade jovem. “O consumo é a única finalidade e o único propósito de toda produção”.

A frase do filósofo Adam Smith expressa brevemente como o consumismo afeta o mercado, e busca articular como o hábito negativo relaciona-se com a economia. A lógica capitalista vigente preza o lucro acima do bem-estar do cidadão, e esse, ao consumir exageradamente bens não necessários, favorece a “girada da economia”.

Isso porque o consumismo é capaz de gerar empregos, salários mais justos e o aumento da circulação do dinheiro, e um exemplo de prática capitalista é a lógica das promoções. De acordo com a pesquisa realizada, 34% dos indivíduos já realizaram uma compra devido aos itens estarem em promoção, embora não os necessitem.

Essa estratégia de mercado pode ser entendida como um incentivo consumista, pois, por exemplo, quando se compra dois itens, sendo o segundo mais barato, de qualquer jeito, gasta-se mais do que é planejado pelo consumidor, que compraria apenas um.

Nesse sentido, o indivíduo se depara com a oferta, que foi elaborada para afetar suas emoções e fazer o consumidor “desejar o excessivo”, e acaba realizando uma compra de valor mais alto.

No entanto, além da prática consumista interferir severamente no psicológico das pessoas, essa pode ser prejudicial ao “bolso” do consumidor se o mesmo estiver realizando um número abundante de compras insustentáveis pelo próprio orçamento.

Por isso, as promoções, junto de diversas estratégias de mercado, muitas vezes podem ser encaradas como armadilhas para motivar o comprador a gastar mais dinheiro. Outra informação coletada da pesquisa expõe que 46% do público-alvo já realizou uma compra após se deparar com um anúncio online/mecanismos de marketing digital, e 44%, apesar de não comprarem, já visualizaram a oferta.

Tal dado reforça que o consumismo vai além do mundo físico, se mostrando cada vez mais presente no cotidiano digital da população. Nesse contexto, as estratégias de marketing digital procuram descrever um produto da forma mais utópica possível, omitindo falhas e defeitos, e criando a imagem de que a aquisição de determinado produto tornará o consumidor emocionalmente realizado.

No entanto, como a estratégia citada anteriormente ganhou tanto poder sobre a sociedade atual? Muito se discute a respeito do papel da tecnologia na vida dos indivíduos, e como a sua forte presença fez com que a mesma se tornasse uma grande aliada do consumismo.

Isso ocorre devido à facilidade de manipulação do consumidor no “mundo digital”, através de anúncios fornecidos por algoritmos inteligentes ou até mesmo por meio da propaganda enganosa.

Esse fenômeno se encontra presente em diversas ocasiões, como mecanismo de ocultar a face negativa dos produtos, a fim de despertar o desejo do 10 consumidor. Já a influência que atua através de anúncios “provocantes” desperta a vulnerabilidade do indivíduo, o incentivando a realizar a compra mediante um conjunto de emoções circunstanciais.

Assim, pode-se afirmar que o marketing digital proporciona a vontade de consumir exageradamente e impacta diretamente no psicológico da população usuária de redes tecnológicas.

Além disso, vale ressaltar que, de acordo com a pesquisa, 72% das pessoas afirmam que as emoções influenciam na hora de tomar decisões. Até onde tais emoções atuam no consumismo? A investigação dessa dúvida e a busca por respostas nos motivou ao longo do trabalho e do estudo da relação entre o consumo e as emoções.

Primordialmente, é importante evidenciar que as emoções, quando controladas, podem ser aproveitadas positivamente ao entrarem em contato com o consumo.

Nesse sentido, é comum ver pessoas comprarem algo, como um presente, com alguma intenção ou valor emocional e se sentirem bem consigo mesmas.

Isso ocorre porque, ao invés de nutrir sentimentos negativos, como a culpa, o produto desperta emoções positivas no consumidor, como felicidade e segurança. Desse modo, é necessário entender que a motivação para o consumo nem sempre é nociva, mas sim o ato desenfreado.

Portanto, o controle das emoções é necessário para que o consumo permaneça adequado com a realidade de cada indivíduo. No entanto, o consumo passa a ser um problema quando se torna um vício no cotidiano do indivíduo.

O problema, denominado consumismo, pode ser encarado como uma válvula de escape na vida do consumidor, funcionando como um mecanismo de fuga da realidade.

Essa prática se dá porque muitos não estão dispostos a encarar os próprios problemas, e o consumismo parece ser a resposta mais certa no determinado momento. Entretanto, o vício no consumo exagerado, além de proporcionar a instabilidade emocional, acarreta consequências econômicas ao indivíduo, como a falência, perda de dinheiro e bens.

Outra discussão a ser abordada é o grau de importância das escolhas racionais. Fato é, que o pensamento elaborado guia nossas escolhas ao longo da vida. No entanto, nem todas as escolhas pautadas na razão são as mais corretas, assim como nem todas as motivadas pelas emoções são incorretas.

Seja movido pela razão ou pela emoção, escolhas equivocadas são feitas ao longo da vida, e um desses fenômenos se encontra frequentemente presente no “mundo do consumo”.

Isso porque, no contexto do consumismo, o “gatilho” das escolhas do consumidor, muitas vezes se deve ao momento específico da compra. Nesse sentido, além do vício, vale ressaltar as compras por impulso, realizadas pelo consumidor sem planejamento ou intenção prévia.

Esse tipo de compra geralmente é motivado por vendedores que declaram seus produtos como inéditos, ou por ofertas tentadoras de mercado.

De acordo com a revista Veja, em Maio de 2018, as aquisições mais feitas por impulso são roupas, calçados e acessórios (19%), compras em supermercados (17%), perfumes e cosméticos (14%) e idas a bares e restaurantes (13%).

Torna-se evidente, portanto, que as emoções não são o problema, mas sim o descontrole das mesmas. Nessa conjuntura, é importante ter consciência acerca de suas ações, assim como as 34% de pessoas que relataram na pesquisa que refletem internamente sobre o que comprarão.

Desse modo, através de planejamento e educação financeira, junto de aconselhamentos sobre estabilidade emocional, ainda a serem mais explorados ao longo do projeto, mais pessoas consumirão de maneira consciente e responsável, e o ato exagerado não será mais a resposta para seus problemas.

Agora que já compreendemos que a relação entre o consumo e as emoções pode ser problemática quando a influência emocional é levada a níveis extremos, é necessária 11 também a compreensão de que não existe uma forma correta e 100% eficaz para seu “combate”.

A escolha desse tema foi realizada justamente para mostrarmos que achamos importante e necessária a reflexão de cada indivíduo perante esta influência e também a compreensão da importância da educação financeira, que é uma aliada no momento da administração das finanças.

A estabilidade emocional também é imprescindível na vida como um todo, para a tomada de decisões racionais e adequadas ao bolso de cada indivíduo. O projeto tem como objetivo provocar a reflexão e o melhor entendimento da população quanto à importância dos fatores citados anteriormente e a aplicação disto na rotina.

Conclusão

Com o decorrer de nossas pesquisas, tentamos achar algumas possíveis resoluções para esse problema, a prevalência de pensamentos emocionais no momento da tomada de decisões financeiras.

Apesar da problemática que rege o consumo desenfreado, que dá origem ao consumismo, concluímos que não existe uma maneira concreta de resolvê-lo, e sim maneiras de diminuí-lo.

Tendo em vista que as emoções sempre estarão presentes no ser humano, elas o irão influenciar de alguma maneira. Apesar disto, é válido ressaltar que o equilíbrio entre decisões racionais e emocionais é extremamente importante e acreditamos que pode ser obtido através da educação financeira, que auxilia na melhor gestão econômica individual e um bom controle emocional, que vai além de apenas conseguir tomar decisões com maior racionalidade. A psicóloga Daniela Westman constata: “Nós sujeitos vivenciamos emoções de vários tipos ao longo da nossa vida e tentamos lidar com elas de maneiras tanto eficazes quanto ineficazes.

O mais difícil e o grande diferencial está em reconhecer, aceitar e continuar vivendo de forma saudável apesar delas. Sem emoções, nossas vidas não teriam significado, textura, riqueza, contentamento e conexão com outras pessoas. As emoções nos lembram de nossas necessidades, nossas frustrações e nossos direitos – nos levam a mudanças, escolhas e a ter a sensação de estarmos vivos.

O controle emocional é a capacidade que temos de lidar com os nossos sentimentos em momentos de tensão. É buscar o equilíbrio entre o nosso lado racional e o emocional.

No mundo em que vivemos – volátil, incerto, complexo e ambíguo – as nossas capacidades cognitivas são cada vez mais importantes. A busca pelo tão desejado equilíbrio faz-se necessário, embora saibamos que nem sempre é fácil lidar com as nossas emoções. Para um melhor resultado nesse processo precisamos conhecê-las, gerenciá-las e, em momentos de tensão, saber como agir para que decisões corretas sejam tomadas e soluções sejam pensadas e implementadas.

Isso é um processo lento , gradual e de conquista que pode ser muito bem ajudado e trabalhado em um atendimento psicoterápico.” A exemplo de como obter uma boa gestão financeira podemos citar a página “Cidadania Financeira” oferecida pelo Banco Central do Brasil, onde pode-se encontrar cartilhas, cursos online, perfis de busca, conceitos relacionados à estratégia de educação e administração das finanças, que pode auxiliar neste quesito.

A implementação desta área da educação nas escolas também pode trazer um maior consentimento sobre o tema. A estabilidade emocional, extremamente necessária para o bem estar humano, pode ser atingida de maneira eficaz com o auxílio de profissionais da área da saúde mental como psicólogos ou psiquiatras, por exemplo. 13 6. Referências

Bibliografias

https://blog.jfgranja.com.br/novas-tecnologias-e-consumo/ (acesso em: 05/06/21 às 12:11) https://clinicajorgejaber.com.br/novo/2018/12/uso-de-drogas-na-adolescencia/ (acesso em: 09/06/21 às 15:10) https://dinheirama.com/armadilha-promocoes-vender-barato/ (acesso em: 05/06/21 às 14:32) https://espaco-vital.jusbrasil.com.br/noticias/3011953/o-conceito-de-consumo (acesso em: 05/06/21 às 14:19) https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/viewFile/1644/2412 (acesso em: 05/06/21 às 11:46) https://meubolsoemdia.com.br/Materias/escolhas-racionais-ou-emocionais (acesso em: 07/06/21 às 14:54) https://rockcontent.com/br/blog/ciencia-da-emocao-no-marketing/ (acesso em: 07/06/21 às 14:42) https://themindset.com.br/consumismo/ (acesso em: 03/06/21 às 12:14) https://veja.abril.com.br/economia/quase-60-dos-consumidores-realizam-compras-por-impul so/ (acesso em: 07/06/21 às 15:06) http://www.anpad.org.br/diversos/down_zips/7/enanpad2003-mkt-0846.pdf (acesso em: 03/06/21 às 12:58) https://www.frasesfamosas.com.br/tema/consumismo/ (acesso em: 03/06/21 às 15:09) https://www.infoescola.com/desenvolvimento-sustentavel/consumo-consciente/#:~:text=A%2 0consci%C3%AAncia%20ecol%C3%B3gica%20espelha%20a,a%20pr%C3%A1tica%20do %20consumo%20consciente. (acesso em: 03/06/21 às 14:48) https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A1273.pdf (acesso em: 08/06/21 às 13:05) https://www.scielo.br/j/cebape/a/FxHLgSWqXyNncL34Tsk5vkC/?lang=pt (acesso em: 08/06/2021 às 16:08) https://www.youtube.com/watch?v=_KgHbsgSWuk (acesso em: 10/06/2021 às 10:22

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